Top VINHOS BioLÓGICOS

Um vinho biológico é um vinho proveniente da agricultura biológica, ou seja, produzido a partir de uvas certificadas em agricultura biológica, respeitando assim especificações rigorosas proibindo pesticidas, herbicidas, fertilizantes químicos e OGM. Um vinho biológico por si só , não existe, apenas as uvas são, na verdade, certificadas como biológicas.

Agora, o rótulo "vinho biológico" rege-se por novas regras europeias, para obter esta certificação, é necessário não apenas que as uvas provenham de uma agricultura biológica, mas também que o processo de vinificação cumpra especificações precisas incluindo regras de vinificação mais "limpas", tais como um teor máximo de sulfitos inferior às doses máximas autorizadas para os vinhos convencionais. A organização mais importante para a atribuição do rótulo "AB" é a Ecocert.

A biodinâmica é um sistema de produção inspirado por Rudolf Steiner, filósofo e agrónomo austríaco, que consiste em reabilitar e intensificar a vida orgânica nas vinhas de forma a respeitar melhor o ambiente e permitir a melhor expressão do terroir dos vinhos. A biodinâmica também leva em consideração os ciclos lunares e as posições planetárias pela sua influência na vida e o crescimento das plantas, com o objectivo de melhorar a qualidade dos solos e das vinhas naturalmente e de trabalhar a terra lavrando-a para arejá-la.

Cada vez mais quintas convertem-se à agricultura biodinâmica, sem fertilizantes químicos, nem herbicidas ou pesticidas, para adotar métodos naturais de prevenção enquanto procuram reativar a vida microbiana natural do solo. Esta cultura é muitas vezes uma garantia de qualidade e sobretudo de proteção do terroir. Para obter a certificação em biodinâmica (Rótulo Demeter ou Rótulo Biodyvin), é necessário antes de tudo ser certificado em agricultura biológica.

Um vinho natural (designado "vinho natural" ou "vinho sem sulfitos") é uma abordagem inspirada pela agricultura biológica e pela biodinâmica e que vai muito mais longe, especificamente no processo de vinificação. Quase nenhum aditivo é tolerado. Os vinhos naturais são, portanto, muitas vezes provenientes da biodinâmica e vinificados o mais naturalmente possível.

No entanto, deve-se notar que os vinhos naturais, sem adição de sulfitos, não são vinhos que possam ser conservados durante muito tempo. Na realidade, não existe uma regulamentação oficial, mas em França duas grandes associações partilham, no entanto, um objetivo comum : acrescentar o menos possível de aditivos e sobretudo o menos possível de sulfitos durante o processo de vinificação.

Um vinho sem sulfitos não existe, e vinho biológico não significa sempre sem sulfitos adicionados! No processo de vinificação, vinho biológico e vinho sem adição de sulfitos são dois tipos de métodos diferentes : um vinho biológico é um vinho que tem rótulo, um vinho sem adição de sulfitos está sujeito a regulamentos. Os sulfitos são dióxido de enxofre : ocorre naturalmente no vinho durante a fermentação e serve como conservante. Os viticultores usam dióxido de enxofre em várias fases da elaboração do vinho de modo a estabilizá-lo e proteger os seus aromas, impedindo-o de se tornar ácido e evitando qualquer alteração pelo oxigénio.

Sem a presença de sulfitos, o vinho iria tornar-se azedo! O controlo do teor de sulfito nos vinhos biológicos é muito mais rigoroso e, portanto, mais fraco do que nos vinhos não biológicos. A menção legal "contém sulfitos" deve ser obrigatoriamente indicada na etiqueta sempre que o vinho contenha mais de 10 mg/L de SO2.

A agricultura biodinâmica baseia-se numa filosofia de cultivo atenta à natureza. O cultivo da terra é considerado no seu todo, como um organismo vivo próprio.

Na viticultura, tudo depende do equilíbrio da videira com o seu ambiente, incluindo a fauna (pássaros, roedores, insetos, etc.).

A viticultura biodinâmica consiste em reabilitar a vida orgânica no ambiente onde a vinha vive, intensificando os intercâmbios entre a vinha e o seu ambiente, com o objectivo de obter melhores uvas : contribuição de fertilizantes naturais, respeito do ritmo das estações, calendário lunar, chá de ervas, etc.

A utilização de produtos químicos iria perturbar este frágil equilíbrio. A biodinâmica permite assim reforçar a resistência das plantas a fim de melhorar a expressão do terroir no vinho.

Cada vez mais viticultores adotaram uma agricultura biodinâmica, sem fertilizantes químicos, nem herbicidas ou pesticidas, para usar métodos naturais de prevenção procurando ao mesmo tempo reativar a vida microbiana natural do solo. A biodinâmica é muitas vezes uma garantia de qualidade e de personalização do vinho.

Torna-se cada vez mais popular. Um vinho vegan não requer um cultivo biológico rigoroso das vinhas, no entanto, as exigências do não uso de animais no processo de produção podem aproximar-se, nomeadamente do vinho natural. É importante saber que o enólogo pode recorrer a estabilizadores de origem animal durante certas fases do processo de vinificação.

A fase de clarificação pode necessitar de coagulantes com base de animais, tais como :

• albumina (proteína contida nas claras de ovo). Utilizada para amaciar os vinhos tintos tânicos.
• caseína (proteínas do leite de vaca). Utilizada para vinho branco.
• gelatina derivada de colagénio animal (pele, ossos moídos, órgãos, intestinos de bovinos, suínos, galinhas ou cavalos). Utilizada principalmente para vinhos tintos.
• ictiocola (cola de peixe, substância proveniente da pele e cartilagem de peixe). Utilizado tanto para vinhos brancos como tintos.

O enólogo que produz vinho natural irá certamente evitar essas substâncias porque a sua escolha é limitar qualquer aditivo para a elaboração do seu vinho.

Não há nenhum rótulo que garanta que um vinho é adequado para vegetarianos ou veganos. O único rótulo que poderia eliminar categoricamente a dúvida é o rótulo vegan, o qual é obviamente mais restritivo, mas garante mais transparência. É muitas vezes um compromisso que vem do próprio enólogo, desde que, evidentemente, não utilize um cavalo de tração nas vinhas.